domingo, 2 de agosto de 2009

2º encontro 22 de Junho 8 horas
Iniciei a manhã de segunda-feira com o vídeo “Expressões Idiomáticas- Mensagem aos amigos”. Lemos os textos e as imagens do vídeo e a partir disso iniciei o assunto do TP3 “o texto é a base de tudo, não iremos trabalhar com palavras ou frases isoladas, não esquecendo que é por meio de palavras e de frases que os textos se controem”
Lemos juntas o texto “Diferentes Concepções de língua na prática pedagógica” da professora da UNB, Maria Luiza Monteiro Salles Coroa e fizemos uma reflexão sobre o mesmo. Apresentei o conceito de texto de Elisa Guimarães na obra “Articulação do texto” (pg.14).
“Em sentido amplo, a palavra texto designa um enunciado qualquer, oral ou escrito, longo ou breve, antigo ou moderno... São textos, portanto, uma frase, um fragmento de um diálogo, um diálogo, um provérbio, um verso, uma estrofe, um poema, um romance, e até mesmo uma palavra-frase, ou seja, a chamada frase de situação: “ Fogo.”, “ Silêncio!”.
Questionei as professoras quanto a diferença entre gênero e tipo textual, apresentei o conceito de Marcuscki na obra “Produção textual, análise de gêneros e compreensão”.
“O estudo dos gêneros não é novo, mas está na moda e, no Ocidente, já tem pelo menos vinte e cinco séculos, se considerarmos que sua observação sistemática iniciou-se em Platão. O que hoje se tem é uma nova visão do mesmo tema. Seria gritante ingenuidade histórica imaginar que foi nos últimos decênios do século XX que se descobriu e iniciou o estudo dos gêneros textuais. Portanto, uma dificuldade natural no tratamento desse tema acha-se na abundância e diversidade das fontes e perspectivas de análise”. (pg.147)
“Tipo textual designa uma espécie de construção teórica {em geral uma sequência subjacente aos textos} definida pela natureza linguística de sua composição {aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações lógicas, estilo}. O tipo caracteriza-se muito mais como sequências linguísticas (sequências retóricas) do que como textos materializados; a rigor, são modos textuais. Em geral, os tipos textuais abrangem cerca de meia dúzia de categorias conhecidas como: narração, argumentação, exposição, descrição, injunção. O conjunto de categorias para designar tipos textuais é limitado e sem tendência a aumentar. Quando predomina um modo num dado texto concreto, dizemos que esse é um texto argumentativo ou narrativo ou expositivo ou descritivo ou injuntivo.
Gênero textual refere os textos materializados em situações comunicativas recorrentes. Os gêneros textuais são os textos que encontramos na nossa vida diária e que apresentam padrões sociocomunicativos característicos definidos por composições funcionais, objetivos enunciativos e estilos concretamente realizados na integração de forças históricas, sociais, institucionais e técnicas. Em contraposição aos tipos, os gêneros são entidades empíricas em situações comunicativas e se expressam em designações diversas, constituindo em princípio listagens abertas. Alguns exemplos de gêneros textuais seriam: telefonema, sermão, carta comercial, carta pessoal, romance, bilhete, reportagem, aula expositiva, reunião de condomínio, notícia jornalística, horóscopo, receita culinária, bula de remédio, lista de compras, cardápio de restaurante, instruções de uso, inquérito policial, resenha, edital de concurso, piada, conversação espontânea, conferência, carta eletrônica, bate-papo por computador, aulas virtuais e assim por diante. Como tal, os gêneros são formas textuais escritas ou orais bastante estáveis, histórica e socialmente situadas”. (pg.155)
Após o intervalo, pedi que formassem quatro grupos e sorteei uma unidade para cada grupo que ficou responsável em apresentar a unidade/proposta de trabalho e já fazer “um plano de aula”, fazendo as adaptações necessárias (em que série/turma e como aplicar). Fui atendendo os grupos, dando contribuições, tirando dúvidas. Algumas professoras falaram sobre suas angústias no que diz a respeito a “dar conta de tudo” do programa.
Como praticamente todas já haviam feito a leitura do TP3 e do AAA3, ficou fácil, cada grupo se preocupou com a sua realidade. Muitas foram as contribuições das colegas, temas, assuntos. Quando este “plano de aula” estava no papel, começaram as apresentações, cada grupo apresentou sua unidade e no final de cada apresentação os outros grupos ainda davam sugestões. O fato de todas as professoras do curso já trazerem muitas experiências de sala de aula, da faculdade, dos cursos de especialização e de pós-graduação; fez com que a atividade ficasse muito rica.
Fiquei responsável em providenciar uma cópia de todos os planos de aula e passar para as professoras cursistas, que têm toda a liberdade de usar/ou não em sala de aula. Fiquei muito satisfeita com a forma que trabalhamos o TP 3, ficou claro que todas as professoras gostaram e também estavam satisfeitas, sabendo o que e como levar para a sala de aula.
No período da tarde, levei pipoca e chimarrão para juntas assistirmos “Os Narradores de Javé”. Fizemos uma reflexão sobre o filme, sobre o papel da escrita para aquela comunidade e para a nossa. As professoras fizeram duplas e responderam as dez questões do “Roteiro de Análise”. Todas gostaram do filme, fiz algumas cópias para as professoras que pediram.´



A atividade foi entregue, assim como também foi entregue o “Memorial” que havia sido passado na aula anterior. A seguir passei para elas o “esqueleto” do Projeto de final de curso a ser realizado. Várias professoras ficaram preocupadas em como montar seu Projeto, se podem usar as atividades dos TPS e dos AAAs, tentei tranquilizá-las e mostrei o projeto enviado para nosso email coletivo.
Falei também sobre a criação de um Portofólio, entreguei a cópia para elas dos seguintes textos: “O porta-fólio e a formação do professor reflexivo” de Benigna Maria de Freitas Villas Boas e outro texto “Portofólio: recurso para avaliação, auto-conhecimento e desenvolvimento pessoal e profissional” de Maria Susley Pereira. Como estávamos chegando ao final da tarde, apenas comentei/apresentei o Portofólio. Pedi que lessem os textos em casa para discutirmos no próximo encontro.

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