domingo, 4 de abril de 2010



O foco do programa é a atualização dos saberes profissionais por meio de subsídios e do acompanhamento da ação do professor no próprio local de trabalho. A finalidade do programa é elevar a competência dos professores e de seus alunos.

Capturar Conhecimentos




Apresentação do Gestar II









Estudo/Reflexão






Planejamento
Troca de ideias






Visitação as Editoras



Conhecer as artes
da França







PROJETOS




O que quero ser quando crescer?
Professoras Adriane Buss e Janine Boll
Escola E.M.E.F. Ildo Meneghetti - Ivoti

Objetivo Geral:
Proporcionar momentos de reflexão acerca da argumentatividade na vida das pessoas, focando as relações de trabalho, as escolhas profissionais, o aperfeiçoamento na carreira escolhida e sua ascensão.
Objetivos Específicos:
Pesquisar diferentes profissões;
Analisar anúncios de empregos;
Entrevistar profissionais de diferentes áreas;
Pesquisar e elaborar apresentação, usando a internet e power point;
Apresentar para alunos de outras escolas o resultado da pesquisa, usando tecnologias, ilustrações,figurino...



Uma viagem pelo mundo das fábulas
Professoras Aline Fritsch e Carla Kerkhoff
Escola 25 de Julho - Ivoti

Objetivo geral: Despertar no aluno o prazer pela leitura, possibilitando o desenvolvimento de competências que visem torná-lo leitor e produtor de textos, através do gênero literário fábula, ampliando o gosto pela leitura e pela escrita, apreciando-as como fonte de entretenimento.
Objetivos específicos:
Refletir sobre valores éticos para a construção de uma sociedade mais justa.
Identificar as características presentes nas histórias (fábulas) para que se sinta estimulado a viajar no mundo fantástico da leitura, refletindo sobre os elementos funcionais, linguísticos e culturais da língua presentes nas histórias.
Contribuir com a formação de leitores ativos, capazes de produzir textos coerentes, coesos e adequados ao gênero estudado.
Favorecer o desenvolvimento criativo dos alunos, através de diferentes expressões, tais como: desenhos, músicas, produções de textos e dramatizações.



O Menino Maluquinho
Professora Cláudia Feilstrecker
Escola E.M. E. F Meno Dhein – Lindolfo Collor

Objetivos:
-ativar os conhecimentos prévios e de levantamentos de hipóte
-desenvolver a opinião crítica e argumentação por meio de discussões em sala de aula;
-compreender, interpretar, avaliar e questionar textos;
-ler um texto sobre índios, interpretá-lo e analisá-lo, valorizando a cultura indígena;
-fazer uma pesquisa sobre lendas indígenas, reescrevendo- a de forma resumida;
-observar imagens e perceber detalhes;
-escrever outros textos a partir do assunto do livro;
-opinar sobre os textos produzidos;
-participar de debates e discussões em sala de aula;
-apresentar, de maneira criativa, trabalhos a partir do assunto do livro;
-fazer uma pesquisa sobre a história de seu município;
-conhecer versão de obras de pintores famosos;
-recriar obra de pintor famoso;



A informação transforma o homem
Professora Denise Michel
Escola M.E. F. Ildo Meneghetti - Ivoti

Objetivo Geral:
Proporcionar atividades que estimulem o interesse pela leitura, oferecendo oportunidades para que os alunos exponham suas ideias, com o propósito de desenvolver a opinião crítica frente aos assuntos trabalhados, conscientizando-os sobre o mundo que os rodeia. Além disso, proporcionar acesso a informática, com a intenção de prepará-los para o mundo, na criação de um jornal.



Projeto Construindo Poesia na escola
Professora Elisângela Schorn Holler
Escola M. E. F. São José - Município São José do Hortêncio
Objetivo geral:
Incentivar os diferentes tipos de leitura, desenvolver a dicção e a criatividade
Objetivos específicos:
-Despertar no aluno o gosto pela leitura e a criação poética;
-Conhecer a estrutura literária de uma poesia;
-Utilizar a escrita como forma de expressão, respeitando a regra ortográfica;
-Desenvolver a sensibilidade para a arte de escrever;
-Criar textos poéticos a partir de um contexto;
-Declamar poesias com desenvoltura.



Projetando o Futuro
Professora Iria Antonia Herrmann
Escola M.E.F. Nereu Ramos / Lindolfo Collor

Objetivo geral:
Proporcionar e possibilitar aos alunos oportunidades em conhecer mais profundamente o mercado de trabalho, relacionados principalmente a profissão que quer seguir, através de leituras de textos relacionados ao assunto, pesquisa em Escolas profissionalizantes e Universidades da região.



Onde estão os deuses?
Professora Silvana Spinelli de Oliveira
Escola E.M.E.F. Ildo Meneghetti - Ivoti

Objetivo geral:
Ler, compreender e interpretar diferentes gêneros textuais, identificando a intencionalidade do autor.
Objetivos específicos:
Relacionar conhecimentos já adquiridos, com novos conhecimentos, reconhecendo semelhanças e diferenças;
Perceber o legado grego presente em nosso dia a dia;
Promover o auto-conhecimento do aluno, refletindo-se em umas das diferentes personalidades dos deuses estudados;
Expressar-se oralmente e por escrito, preocupando-se em utilizar a norma-culta-padrão;
Compreender o texto lido, relacionado a sua compreensão realizada pelos colegas, agrupando-o com a versão apresentada pelo filme;
Ampliar seu conhecimento e sua autonomia, pesquisando sobre a vida de um dos autores das lendas estudadas;
Dramatizar a história escolhida, adequando figurino e cenário de acordo com o contexto;



Coerência Textual
Professora Marina Bencke
Escola M.E. F Concórdia - Ivoti

Objetivo geral:
Perceber a importância de uma interligação harmoniosa entre as partes de um todo nos textos e no meio ambiente, garantindo a compreensão do texto e do meio.
Conteúdos:
Leitura e compreensão de textos;
Interpretação de textos;
Produção textual;
Continuidade de sentidos;
A construção da coerência textual.




O sofá estampado
Professora Keina Nicieli Werle
Escola M.E.F. Aroni Aloísio Mossmann
Objetivos:
Conhecer gêneros textuais diferentes e saber aplicá-los;
Desenvolver e motivar os alunos para o hábito, prazer e valor da leitura;
Identificar semelhanças e diferenças na organização de textos;
Identificar as características dos gêneros textuais: epistolar, folder e narrativa
Produzir histórias coerentes para aprimorar a produção escrita;
Ativar os conhecimentos prévios para saber expressar suas ideias, sentimentos e opiniões;
Motivar os alunos para que haja um bom relacionamento entre professor e aluno;
Interpretar os capítulos, lendo-os para formar opiniões a partir deles, e confrontando-os com as ideias dos colegas e estabelecer relações com leituras já realizadas;
Saber identificar os sinais de pontuação e saber aplicá-los corretamente em seus textos;




“ Toda coisa que vemos,

devemos vê-la sempre pela

primeira vez, porque realmente

é a primeira vez que a vemos.

E cada flor amarela é uma

nova flor amarela, ainda que

seja o que se chama a mesma

de ontem. A gente não é já o

mesmo nem a flor a mesma.

O próprio amarelo não pode ser

já o mesmo.

É pena a gente não ter

exatamente os olhos para saber

isso, porque então éramos

todos felizes.”
Fernando Pessoa

















domingo, 17 de janeiro de 2010

Relatório 7
Professora Formadora: Julici Lúcia Lippert Altenhofen
Município: Ivoti RS / atende Lindolfo Collor
27 de novembro à 07 de dezembro.

Dia 27 de novembro de 2009 18:00 às 22:00.
Oficina 1
Iniciei a oficina fazendo um resumo do que vimos nas unidades estudadas do TP1:
Unidade 1: Variantes linguísticas: dialetos e registros.
Seção 1- A língua não reflete só sobre o mundo, mas reflete também o mundo. Ela expressa a cultura dos sujeitos e dos grupos.
Seção 2 e 3- As línguas apresentam variações no tempo e no espaço, as variantes chamadas Dialetos e Registros do Português.
É muito importante que ao final desta unidade, sejamos capazes de:
1-relacionar língua e cultura;
2-identificar os principais dialetos do português;
3-identificar os principais registros do português.
Cultura – O conjunto de ações, pensamentos e valores de uma pessoa ou comunidade.
Língua – A língua tem regularidades, um sistema aberto, oferece inúmeras possibilidades de variação de uso que irá resultar em interações sempre novas e irrepetíveis.
Norma – É a forma de cada grupo usar a sua língua.
Dialeto – São as variações da língua usadas por diferentes grupos, apresenta regularidades, recursos normais para aquele grupo.
Idioleto – É o conjunto de marcas pessoais da língua de cada indivíduo, como resultante do cruzamento dos vários dialetos que constituem a sua fala.
Registro – É cada uso individual e momentâneo da língua.

Unidade 2: Variantes linguísticas: desfazendo equívocos.
A unidade é dividida em três seções:
Seção 1: A norma culta vai procurar mostrar as características, limites e importância da norma culta.
Seção 2: O texto literário mostra a grande característica da linguagem do texto literário: a total possibilidade de liberdade de construção.
Seção 3: Modalidades da língua apresenta as marcas principais das duas modalidades em que se realizam todos os textos verbais: a língua oral e a língua escrita.
É muito importante que ao final desta unidade sejamos capazes de:
1- caracterizar a norma culta;
2- caracterizar a linguagem literária;
3- caracterizar a língua oral e a escrita.
A norma culta é um dos dialetos definidos por critérios socioculturais, é a norma padrão, usada nos documentos oficiais, em grande parte da literatura, dos escritos e falas da imprensa. Sua maior característica é a correção pautada na gramática normativa. Porém, não é melhor nem pior, mais bonita ou mais feia do que qualquer outra norma/dialeto.
O texto literário apresenta liberdade completa no uso das variantes da língua. O autor pode empregar a norma culta ou o dialeto popular, o registro mais formal ou mais informal, dependendo da intenção, do assunto, do ambiente e dos personagens retratados.
Modalidades da Língua são duas: a oral e a escrita: a modalidade oral é a nossa língua natural (nascemos com ela) e a escrita é a modalidade artificial (não nascemos sabendo escrever) precisa ser aprendida.
Depois de termos discutido e refletido sobre os conceitos das unidades 1 e 2, pedi para que as professoras fizessem o relato das atividades que levaram para a sala de aula. Várias professoras trabalharam o texto “Retrato de velho” pg. 14, o interessante foi que o mesmo texto foi trabalhado de formas diferentes: A professora Adriane fez toda uma pré-leitura do texto, com base no título, os alunos trouxeram e expuseram as imagens que eles têm de “velhos”. A professora comentou que vários alunos moram com seus avós, o que fez com que o trabalho se tornasse mais rico ainda.
A professora Janine aproveitou o mesmo texto para trabalhar a dramatização, ela contou que os alunos interpretaram muito bem seus personagens, trouxeram roupas “de velho”, até usaram farinha no cabelo. A professora Elisângela também dividiu a turma em três grupos, dois representaram muito bem, um grupo, porém, se negou a representar porque tinham vergonha dos colegas. A professora Denise antes de trabalhar a dramatização com seus alunos aproveitou para conceituar discurso direto e indireto. Um só texto e várias formas de aplicar em sala de aula.
A professora Keina trabalhou o texto “Sexa” da pg. 78, falou do entusiasmo dos alunos para interpretar um texto, com tanto humor. A professora Cláudia levou para a sala de aula o texto “A estranha passageira” do AAA1 e aproveitou para trabalhar o gênero Crônica.
A professora Iria comentou que desde que começou a aplicar as atividades do Gestar se acostumou a sempre, antes de trabalhar um texto, fazer uma pesquisa sobre o autor e foi assim que iniciou sua atividade, levou os alunos para a biblioteca, dividiu eles em grupo e pediu para que pesquisassem Stanislaw Ponte Preta, a seguir trabalhou o texto “A estranha passageira”. Depois de ter feito as atividades de interpretação, aproveitou para trabalhar a dramatização do texto “A velha contrabandista” do mesmo autor. Os alunos construíram suas lambretas e representaram muito bem o momento em que o policial repreende a velhinha.
A professora Silvana iniciou o assunto questionando os alunos sobre a dificuldade em entender alguns termos usados pelos alunos, como por exemplo “Ronaldo”, eles explicaram para a professora e esse foi o ponto de partida para a criação de um dicionário de gírias dos alunos, com os respectivos significados. Após essa atividade os alunos organizaram pequenos teatros fazendo o uso de pelo menos 5 palavras do dicionário que criaram. A professora ficou encantada com os resultados e disse que a atividade foi muito significativa para ela e seus alunos.
A seguir li em voz alta para o grupo o texto A outra senhora e juntas respondemos as questões da pg. 170, ficou claro que a narradora, uma jovem, faz parte de um nível social elevado (apesar de não ter o dinheiro para comprar um presente). Dificilmente uma criança usaria esse tipo de linguagem, nem nós professores dominamos. Na certa, a personagem ouviu algumas das palavras que usa por adultos também, por se tratar de uma redação, quer chamar a atenção da professora. Aos poucos começa a usar uma linguagem mais informal e vários dialetos (dos adultos,ou usados pela mídia que simplesmente apela em determinadas épocas do ano)
O grupo chegou a conclusão que o texto realmente é uma crônica por tratar de forma humorada de algo que faz parte do dia a dia. Usa a ironia, pois enquanto diz que valoriza “a mãe”, deixa bem claro que não a valoriza. Aos poucos deixa cair a “máscara” e ao mesmo tempo em que consegue escrever a quantidade de linhas exigidas pela professora, começa a refletir sobre o verdadeiro significado da data.
As professoras concordaram que é um texto bem interessante para trabalhar com os alunos de 7ª e 8ª série e que além de fazer uma reflexão sobre a data também é possível trabalhar outros itens, como: a linguagem, a pontuação,...
A avaliação dessa oficina foi excelente, as professoras adoraram as atividades destas unidades, quem gostou mais ainda foram os alunos, que estão gostando cada vez mais de trabalhar as atividades do Gestar. Excelente estava também estava a pizza que comemos no intervalo. O grupo já estava se dando conta que aos poucos nossa formação está chegando ao fim e que sentiremos muita falta desses momentos de trocas de experiência e saber.
A pedido da secretaria de educação, escolhemos a mensagem que faria parte da agenda 2010 representando a comunidade Aprendente Gestar 2:


Oficina 2
Unidade 3: O texto como centro das experiências no ensino da língua
Texto: é toda e qualquer unidade de informação, no contexto da enunciação, podendo ser oral ou escrito, literário ou não literário. Como o tema já foi trabalhado em TPs anteriores, ficou fácil introduzir o assunto. Mais uma vez vários alunos se mostraram espantados com o conceito de texto, e que eles próprios já têm o conceito de Intertextualidade, pois já conseguem perceber relações entre diferentes textos.
A seguir trabalhamos o conceito de fábula e até lemos algumas e mencionamos outras que são conhecidas pelo grupo. As professoras Aline e Carla aproveitaram o momento para falar um pouco sobre o projeto “Fábulas” que estão aplicando em sala de aula.
Os relatos dessas atividades foram bem interessantes, a professora Marina trabalhou “A verdadeira história dos três porquinhos” comparando-a com os clássicos. A professora Iria levou seus alunos a pesquisar os irmãos Grimm e trabalhou a paródia. A professora Denise também trabalhou a paródia com seus alunos. A professora Adriane levou vários jornais diferentes para a sala de aula e fez com que os alunos percebessem como pode aparecer de forma diferente a mesma notícia. A professora Silvana, que trabalhou com a 5ª série “Frankstein” de Mary Shelley questionou seus alunos quem é o verdadeiro monstro? O criador ou a criatura? E em grupos, modificaram trechos da história original.
Juntas lemos e discutimos sobre o texto “A língua” e foi muito interessante perceber a diferença entre o “velho” da fábula, que é visto como “o depositário da sabedoria de seu povo”, bem diferente da imagem de velho do texto de Drumonnd, como ranzinza, rabugento...
A professora Keina aproveitou para falar da experiência que teve com seus alunos ao trabalhar a obra e o filme “O menino do Pijama Listrado” o mesmo foi muito bem recebido pelos alunos da 7ª série, que refletiu muito sobre o olhar inocente da criança diante das “barbaridades” que fazem os alunos.
A avaliação desta oficina foi bem interessante, pois as professoras puderam retomar vários temas/assuntos que já foram trabalhados em sala de aula.

Dia 07/12/2009
Manhã 7:30 às 11:30

Oficina 3
Unidade 5: Gramática: seus vários sentidos
Gramática: é o conjunto de regras da língua que cada falante domina, mesmo de forma inconsciente e indiferente de sua escolaridade.
Gramática interna: são os recursos que o falante domina, sem se dar conta, está no texto oral ou escrito de todos os falantes. Essa gramática vai sendo ampliada na medida em que o falante vai entrando em contato com novas situações de comunicações e diferentes usos da língua.
Gramática descritiva: é o conjunto de regras que o observador da língua procura aprender e explicar. Existe um trabalho de reflexão mais sistemático sobre os fatos da língua.
Gramática normativa: tem como base as regras da norma culta, privilegia a modalidade escrita e a linguagem literária.
Após ficarem claros os conceitos da gramática, lembrei as cursistas que para o ensino da língua, é essencial trabalhar a partir da gramática interna, assim o aluno passará a valorizar e até ter gosto por aprender. Uma vez que, hoje, o ensino da gramática normativa deve ser reduzido no ensino escolar. Porém, somente na escola o aluno tem acesso a gramática normativa e somente ela pode desenvolver a capacidade do aluno para usar a língua em situações de formalidade que exigem a língua padrão.
Na visita que fizemos às editoras, recebemos um livro que traz a seguinte receita:



Lemos/refletimos e discutimos formas de levar a atividade para a sala de aula. Ficou bem claro que atividades como essa e o poema das classes gramaticais podem fazer com que o aluno aprenda gramática “brincando”.

Unidade 6: A frase e sua organização.
Frase é a unidade de sentido do texto. Pode ser oral ou escrita. Caracteriza-se por começar com letra maiúscula e terminar com uma pontuação específica. Não se caracteriza pela extensão, pode ter um único termo, ou apresentar muitos elementos, criando às vezes uma estrutura muito complexa.
Várias professoras aproveitaram para trabalhar ou revisar ou sinais de pontuação, que podem ser trabalhadas em todas as séries de 5ª à 8ª. Os relatos das cursistas foram interessantíssimos, elas usaram textos diferentes e deram uma importância maior para a oralidade e a entonação, até peça de teatro saiu.
Para finalizar a oficina, a professora Keina leu para o grupo o texto “A menina da caixa de fósforos” e juntas refletimos sobre o verdadeiro significado do natal.
A avaliação dessa oficina foi bem tranquila, muitas foram as opções para trabalhar com todas as séries. As professoras mencionaram de terem levado para a sala de aula atividades que nunca tinham feito antes e que deram resultados maravilhosos. E o principal, o comentário geral é que os alunos amaram as atividades.

Oficina 4
Uniade 7: A arte: formas e função.
A arte é uma forma de conhecimento que está muito relacionada com o nosso cotidiano, embora nem sempre nos demos conta disso. É difícil dizer o que é e o que não é arte devido à facilidade de acesso às obras de arte e à sua produção.
As principais características da arte são: a fantasia, a interpretação da realidade, a conotação e a paixão pela forma.
Lembramos da nossa visita ao MARGS, onde tivemos um contato direto com a arte da França e ainda houve relatos de professoras que acompanharam seus alunos à 7ª Bienal do Mercosul que aconteceu em outubro e novembro em Porto Alegre. Muitos alunos saíram decepcionados, pois não viram “arte” em vários trabalhos expostos. E mais uma vez voltamos à pergunta “O que afinal é arte?”.
A seguir as professoras fizeram os relatos das atividades que aplicaram em sala de aula, várias usaram Histórias em Quadrinhos para trabalhar as figuras de linguagem. As que os alunos gostaram mais foram as onomatopéias, usaram seus celulares para gravar sons e trazer para a sala de aula.
Após os relatos, entramos em um ônibus alugado pela prefeitura e, junto com os colegas do Gestar de Matemática, fomos fazer um pequeno passeio na encosta da Serra. Almoçamos no restaurante Dheinhauss, que oferece um almoço típico alemão. O almoço foi oferecido pela secretaria de educação que também aproveitou o momento para falar dos bons frutos que estão sendo colhidos através da Formação Continuada do Gestar II.
07/10/2009
Tarde 13:00 às 17:00

Após o passeio voltamos para a escola e cada professora fez uma breve apresentação do Projeto que aplicou em sala de aula. (Estarei fazendo um breve resumo de cada um e enviando posteriormente). Também foram entregues os portfólios elaborados pelas professoras.
O fato de termos cumprido nossas 80 horas presenciais exigidas pelo curso, fez com que eu pedisse de forma individual, ou em grupos fizessem uma avaliação do que foi o Gestar.
“Para nós o Gestar foi um momento de encontros muito produtivos e divertidos, proporcionando atividades variadas, trocas de experiência e aprofundamento de nossas práticas pedagógicas.
Apesar de termos um material muito rico, não pudemos aproveitá-lo por completo durante o curso, devido à falta de tempo. Contudo, será um material muito proveitoso para os próximos anos”
(Keina, Carla, Iria, Cláudia e Marina.)

“Apesar de exigir dedicação, trouxe muito conhecimento, troca de experiências, aprofundamento de conceitos,...
O material foi bem elaborado, com sugestões de atividades adaptadas facilmente a realidade dos alunos. Além de trabalhar: ortografia, gramática, produção de texto, compreensão,..
Nossa formadora também, soube expor o material de forma dinâmica, sempre trazendo algo a mais”
(Silvana, Denise e Elisângela.)

“Chegar ao final de um projeto educacional com a certeza de que o mesmo trouxe enriquecimento para a prática docente e, consequentemente, para o público discente é de satisfação imensa. Essa é a avaliação que fazemos nesse momento.
Tantos foram os encontros presenciais, em que trocamos de idéias, sugestões de atividades, elaboração de planejamentos aconteceram. Leituras e estudos extras vindos a acrescentar informações, renovar conceitos, aprimorar conhecimentos, que hoje podemos dizer não sermos mais os mesmos que no início, mas, certamente, olhamos com nova visão os conteúdos que trabalhamos com nossos alunos, especialmente no que concerme a como os levarmos até os mesmos.”
(Adriane )

“ Ao final deste trabalho, muitos foram os ensinamentos e o crescimentos pessoais. Este projeto contribuiu para melhorar, aperfeiçoar, ousar a prática docente através das inúmeras atividades sugeridas pelos TPs ou AAAs ou ainda pelas colegas. O grupo foi persistente e unido. Soube aproveitar intensamente os momentos de aprendizagem juntos. Firmamos laços de amizade e trocamos inúmeras experiências.
Apesar do início do Gestar ter sido tardio, fazendo com que as atividades precisassem ser aplicadas às pressas, ainda assim os alunos foram os maiores beneficiados, pois engajaram-se na proposta e sentiram-se importantes em participar deste projeto.”
(Janine)

domingo, 20 de dezembro de 2009

Relatório 6
Professora Formadora: Julici Lúcia Lippert Altenhofen
Município: Ivoti RS atende Lindolfo Collor
23 de outubro à 18 de novembro

Dia 23/10/09 manhã 7:30 às 11:30
Para iniciar este encontro, passei o vídeo do Gladiador, fizemos uma reflexão da nossa caminhada no Gestar e também de onde queremos chegar. Apresentei as novidades do segundo encontro em Porto Alegre e entreguei para cada cursista um cd com os vídeos motivacionais e todo o material dos próximos TPs. A seguir, iniciamos a oficina:

Oficina 11
Unidades 21 e 22

O objetivo desta oficina é identificar estratégias relacionadas ao planejamento e à revisão durante a escrita de textos.
Todo ato de linguagem objetiva produzir efeitos de sentido, que podem ser concretizados em ações ou em mudanças/reforço de opiniões. Mas nem sempre fazemos isso conscientemente, ou fazemos disso o objetivo maior da nossa interação verbal. Mesmo que a linguagem sempre cumpra determinados propósitos argumentativos, nem sempre disso temos consciência.
No texto argumentativo, mais especificamente, chamamos essas estratégias de argumentos. Todos os argumentos de um texto devem conduzir a um único objetivo, ou a objetivos integrados e compatíveis entre si. Os argumentos são os motivos, as razões utilizadas para convencer o leitor da validade da tese.
A tese constitui a ideia principal para a qual um texto pretende a adesão do leitor/ouvinte: é o objetivo de convencimento do leitor/ouvinte.
Nosso ponto de chegada na Unidade 21:
1. Identificar marcas de argumentatividade na organização dos textos;
2. Identificar e analisar diferentes tipos de argumentos que sustentam uma argumentação textual;
3. Reconhecer a qualidade de argumentação textual.
Esperamos que ao final da Unidade 22 sejamos capazes de:
1. Apresentar elementos de reflexão e estratégias relacionadas ao planejamento de textos.
2. Identificar estratégias que podem ser utilizadas para o planejamento e a escrita de textos.
3. Desenvolver atividades de planejamento e escrita, considerando a construção e revisão textual.
A seguir foi feito o relato das atividades que foram aplicadas em sala de aula. E, juntas, lemos e discutimos o texto:
“Espírito Carnavalesco”
Moacyr Scliar (pg. 219)
A avaliação desta oficina não foi tão boa, algumas professoras tiveram dificuldades em trabalhar as atividades, principalmente nas 5ª e 6ª séries. Acharam as atividades estanques e abstratas, com um nível de exigência maior que os TPs anteriores, o vocabulário bastante difícil. Algumas chegaram a dizer que não foi prazeroso trabalhar o TP 6. Já quem trabalha com 7ª e 8ª séries aproveitou para trabalhar a matéria que está nos nossos planos de estudos.


Dia 23/10/09 Tarde Início: 13:00 às 17:00

Iniciei a tarde fazendo a projeção do vídeo “Os Saberes de cada um”, fizemos uma reflexão sobre o mesmo, e chegamos a conclusão de que temos vários “ Chicos” nas nossas escolas, principalmente nas do interior, onde por exemplo, um menino da 7ª série, não tem o domínio da linguagem escrita, porém sabe dirigir trator e fazer uso de todas as máquinas agrícolas que tem em casa.

Oficina 12
Unidades 23 e 24

Objetivo da oficina:
1. Rever as questões principais da escrita e da reescrita de textos.
2. Rever e sistematizar as informações e discussões essenciais em torno da literatura pra adolescentes.
3. Planejar e desenvolver atividades de leitura literária para alunos adolescentes.
A etapa de revisão é desencadeada após a escrita do primeiro rascunho, da primeira versão do texto. Neste momento, o autor deve começar a se distanciar do próprio texto para considerar o objetivo, o assunto, a forma a fim de poder significar para a audiência, trabalhando a sequência das ideias.
Os parâmetros de revisão podem variar de acordo com as competências e habilidades que estejam sendo trabalhadas.
A última etapa do processo de composição, denominada edição, envolve os reajustes finais visando à acuidade: é hora de polir mais uma vez aspectos de coesão e coerência, a pontuação, a ortografia segundo as convenções estabelecidas.
A leitura de nossos adolescentes já vem sendo discutida há muito tempo. Sabemos que leem pouco, preferem ler revistas e jornais e muitos leem mal: como eles dizem, “dão uma lidinha”. Seus problemas de leitura insuficiente estão ligados também a uma leitura insuficiente do professor e de práticas pouco produtivas da escola, em torno ato de ler.
O professor deve insistir em leituras mais longas, completas e dar um espaço privilegiado para o livro de literatura.
Segundo Marisa Lajolo
“Literatura é o que cada um acha que é literatura”.
As professoras cursistas fizeram o relato de experiências que tiveram em sala de aula, várias atividades foram aplicadas.
A seguir fiz o seguinte questionamento:
Que obras literárias você considera adequadas para a série com a qual trabalha?
Pedi que formassem grupos e escolhessem títulos de livros para apresentarem a seus alunos.
Foram escolhidos os seguintes títulos:
5ª série “A Bolsa Amarela”
“ O Pequeno Príncipe”
6ª série “ O Mágico de Oz”
7ª série “ Meu pé de laranja lima”
8ª série “Ana Terra ou Um certo Capitão Rodrigo”
Combinamos que para o próximo ano letivo, tais leituras serão feitas pelos alunos em sua escola e que depois iremos fazer um Seminário, envolvendo todas as escolas do município para que os pr´prios alunos possam discutir as obras que leram.
Pedi também para cada professor imaginar a melhor forma de motivar os alunos para a leitura.
A avaliação desta oficina já foi melhor, as atividades foram mais aceitas pelos alunos, porém as professoras mencionaram o fato de o “Avançando na Prática” trazer atividades pouco interessantes e que não foi possível relacionar AAA e TP.

Dia: 10/11/09 Início:13:00 às 17:00
TP1: Linguagem e cultura!

Iniciei a tarde apresentando em slides o resumo do TP 1, que foi elaborado pela colega Luciana Mello.
Unidade 1: Variantes linguísticas: dialetos e registros
Podemos conceituar cultura como o conjunto de ações, pensamentos e valores de uma pessoa ou de uma comunidade.
A cultura, entendida como o conjunto de formas de fazer, pensar e sentir de uma pessoa ou de uma sociedade, é uma construção histórica e varia no espaço e no tempo.
A língua é, ao mesmo tempo, a melhor expressão da cultura e um forte elemento de sua transformação. A língua tem o mesmo caráter dinâmico da cultura.
A língua tem regularidades, um sistema a ser seguido. Mas, como é um sistema aberto, a língua oferece inúmeras possibilidades de variação de uso, que criam, junto com o contexto, interações sempre novas e irrepetíveis.
As variações da língua são de duas ordens:
1- as variantes comuns a um grupo, chamadas dialetos;
2- as variantes do uso de cada sujeito, na situação concreta de interação, chamadas registros.
A língua não se apresenta uniforme e única: ela apresenta variações, conforme os grupos que a usem. Cada uma das variantes da língua usada por um grupo apresenta regularidades, recursos normais para aquele grupo, e chama-se dialeto.
Os principais dialetos são: o etário (da criança, do jovem e do adulto); o geográfico, ou regional; o de gênero (feminino e masculino); o social (popular e culto); o
profissional.
Os dialetos são equivalentes do ponto de vista linguístico: nenhum é melhor do que outro. Cada um cumpre perfeitamente suas funções comunicativas, no âmbito em que é usado. Considerar um superior a outro é um preconceito sem fundamento.
O idioleto é o conjunto de marcas pessoais da língua de cada indivíduo, como resultante do cruzamento dos vários dialetos (etário, regional, profissional, de gênero, social) que constituem a sua fala.
1- A língua é um sistema aberto, o que possibilita uma grande variedade de usos. Assim, ao lado de regras sistemáticas que todos os seus falantes devem seguir, aparecem as variantes da língua, que podem referir-se ao uso de um grupo, ou ao uso de cada locutor, no momento específico da interação.
2- Cada variante que marca o uso que determinado grupo faz da língua constitui
um dialeto.
3- Os dialetos principais são definidos do ponto de vista geográfico, etário, sociocultural, de gênero e de profissão.
4- Os dialetos, como as línguas, preenchem as necessidades do grupo social que os usa, não havendo, portanto, um melhor do que outro.
5- Os dialetos não são compartimentos isolados: ao contrário, recebem influências uns dos outros.
6- O registro é a variante escolhida pelo sujeito em cada ato específico de comunicação, segundo o contexto.
7- Os registros são basicamente dois: o formal e o informal, segundo o distanciamento requerido pela situação. Entre os dois extremos, há muitas gradações.
8- Os registros podem apresentar-se tanto na forma oral como na forma escrita da língua.
9- Os registros põem por terra a distinção do certo/errado, passando a discussão para o campo do adequado/inadequado.
10- Essas considerações nos levam a rever nossa atuação como professores de Língua Portuguesa. Em sala de aula, é fundamental criar oportunidades para que os alunos trabalhem textos que exemplifiquem diversas situações de comunicação, em que dialetos e registros diferentes se apresentem para a sua reflexão e discussão e como ponto de partida para a produção de textos igualmente diversificados. Esse é, afinal, o objetivo maior do ensino da língua: desenvolver no sujeito a competência para a leitura e produção de textos.
É importante lembrar que:
1 – A norma padrão não é melhor do que os outros dialetos: estes, tanto quanto a norma padrão, cumprem, perfeitamente sua função no ambiente em que são usados e com as pessoas desse ambiente.
2 – Aprender a norma culta é ter mais uma opção de uso da língua, importante em muitos momentos e ambientes. Quanto mais opções o sujeito tiver de uso da língua, mais ele vai poder atuar na sua comunidade e se desenvolver como cidadão.
3 – Ninguém deve ser discriminado por apresentar um comportamento linguístico diferente do outro.
A norma culta é um dos dialetos definidos por critérios socioculturais. Como para todas as línguas, a norma culta é escolhida como norma-padrão, que é usada nos documentos, sobretudo os oficiais, em grande parte da literatura, dos escritos e falas da imprensa. Sua maior característica é a correção pautada na gramática normativa.

Unidade 2: Variantes linguísticas:desfazendo equívocos
O texto literário caracteriza-se como aquele que apresenta liberdade completa no uso das variantes da língua. O autor pode empregar a norma culta ou o dialeto popular, o registro mais formal ao mais informal, tudo vai depender de suas intenções, do assunto, do ambiente e dos personagens retratados.
Uma questão importante a observar é que, com frequência, vemos na escola um descuido com as atividades orais. Considerando que a criança fala desde muito cedo, pensa-se sobretudo em desenvolver a escrita, que constitui um aprendizado novo. Esse é apenas o primeiro dos equívocos com relação à oralidade. Com certeza, uma das funções da escola é ampliar a competência da criança no seu uso da língua, nas mais diversas situações de interação. Assim, proporcionar aos alunos a oportunidade de falar, nos contextos mais variados, é um ponto importante de seu programa.
Outro aspecto essencial do trabalho com a linguagem oral é que não nos devemos ocupar apenas com as situações de fala, mas com as de escuta. Sabemos como é difícil ouvir bem. No entanto, isso não é objeto de nossas preocupações. A boa escuta envolve mais do que o respeito ao locutor: envolve a capacidade de compreender, avaliar e responder adequadamente ao que ouvimos.
1- A norma culta/padrão é um dos dialetos da língua. É o dialeto utilizado na absoluta maioria dos documentos oficiais e públicos de um país. Não é melhor nem pior do que os demais dialetos; por isso, seu uso não pode ser critério de discriminação ou valorização dos sujeitos. (Aliás, nenhum critério deve servir à discriminação).
2- A norma culta/padrão é ensinada na escola. Seu conhecimento e domínio ajudará o aluno a ampliar sua competência linguística, permitindo-lhe um acesso mais fácil a muitos documentos e bens culturais.
3- A literatura pode ou não utilizar a norma culta. Seu objetivo não é “ficar dentro das regras”, mas buscar qualquer dialeto ou registro que melhor consiga criar a linguagem do mundo criado por ela, com seus significados.
4- As duas modalidades da língua – a oral e a escrita – são igualmente importantes e apresentam ambas as possibilidades de uso, tanto do registro formal quanto do informal.
5- As duas modalidades devem ser trabalhadas na escola tanto do ponto de vista da locução quanto da interlocução. Assim, ouvir e falar, ler e escrever, devem ser atividades constantes na sala de aula.
6- Como sempre, vale a pena salientar que as situações de interlocução são extremamente complexas e não temos muitos casos “puros” de dialetos, da mesma forma que os registros apresentam uma gama infinita de formalidade/informalidade e as modalidades oral e escrita não são campos fechados, sem interferência uma sobre a outra.
7- Nas atividades de linguagem, é fundamental oferecer aos alunos exemplos diversos de bons textos, orais e escritos, produzidos com objetivos e em situações diferentes, literários e não literários, em registros e modalidades distintos, de modo a não estabelecer relações indevidas entre escrita, norma culta e registro formal e literatura, ou fala e informalidade. Para isso, os próprios textos produzidos pelos alunos podem ser ótimo material de discussão.

Unidade 3: O texto como centro das experiências no ensino da língua
Afinal, o que é texto?
Texto é toda e qualquer unidade de informação, no contexto da enunciação.O texto pode ser oral ou escrito, literário ou não literário. Todas as nossas interações se processam por meio de textos, que independe de extensão.
Por que trabalhar com textos:
1- O ensino-aprendizagem de qualquer língua deve dar-se com o uso de textos, porque é por meio deles que pensamos e interagimos.
2- O texto deve ser o centro de todas as atividades que envolvem o ouvir, o falar, o ler e o escrever.
3- Da mesma forma, a análise linguística só pode ser significativa para os alunos, se apoiada em textos que contextualizam cada uso do vocabulário e da morfossintaxe.
A diversidade de objetivos de leitura é tópico importantíssimo do ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa. Seus alunos devem ser estimulados a perceber essas diferenças, para procurarem o material mais adequado em cada caso. A informação obtida em uma enciclopédia não é igual à de um dicionário, de uma revista especializada, ou de uma pesquisa sobre o assunto.

Unidade 4: A Intertextualidade

O diálogo entre textos: a intertextualidade.
Intertextualidade é o que ocorre toda vez que um texto tem relações claras com outro, ou outros. É, portanto, um diálogo de um texto com outro.
Esse diálogo, ou retomada de um texto, ocorre nas mais diversas situações e nos mais diversos tipos de comunicação, e está presente tanto nas manifestações artísticas quanto no nosso cotidiano. Isso acontece porque a cultura é claramente intertextual, quer dizer: ela sempre acumula ou retoma, de alguma forma, as experiências humanas.
1 – Os processos intertextuais que envolvem o texto inteiro:
a) paráfrase: acompanha de perto o texto original, como ocorre nos resumos, adaptações e traduções;
b) paródia: inverte ou modifica a narrativa, sua lógica, sua idéia central. Em geral, é crítica;
c) pastiche: procura aproveitar a estrutura, o clima, determinados recursos de uma obra.
2 – Os processos intertextuais pontuais, que retomam um ou alguns elementos do texto:
a) citação: consiste em apresentar um trecho, um dado da obra. O segundo texto procura deixar claro o texto original. No caso do texto verbal, o autor do original é indicado;
b) epígrafe: tem as mesmas características da citação, mas tem localização fixa: aparece sempre como abertura do segundo texto;
c) referência: é a lembrança de passagem ou personagem de outro texto;
d) alusão: é o aproveitamento de um dado de um texto, sem indicações ou explicitações.

Resumindo:
A intertextualidade é a presença, subjacente ao nosso texto, de outras vozes e outros textos, com os quais dialogamos o tempo todo, mesmo sem ter consciência disso. Apesar de ser enfocada sobretudo nas artes e ser um estudo relativamente recente, a intertextualidade sempre esteve presente em todas as interações humanas.
A originalidade dos processos intertextuais deve-se muito ao ponto de vista, questão das mais importantes em qualquer forma de interação.
O ponto de vista é o lugar ou o ângulo de onde cada interlocutor participa do processo de interação. Ele não revela simplesmente as posições do locutor: pode ser usado para criar posições e emoções no interlocutor.
Daí a importância de sua análise, quando estamos interpretando e avaliando as situações de comunicação. O trabalho com esses dois assuntos é fundamental, no sentido de tornar nossos olhos e ouvidos mais sensíveis e mais críticos com relação à própria vida.
Depois do resumo do TP 1, de termos cantado juntas “Asa Branca”, discutido e analisado o texto, assistimos ao filme “O Leitor”. Duas professoras, que são formadas também em alemão, já tinham lido a obra e contribuíram muito com informações que não estão muito claras no filme. Várias professoras ficaram muito emocionadas.
Foi uma tarde muito especial, o encontro aconteceu na minha casa. Um encontro de grande aprendizagem, troca, emoção...


A MÁGICA DE OZI
Com muito orgulho apresento a vocês, as meninas da 5ª e 6ª séries, personagens da “Mágica de Oz”, que leram a obra, assistiram ao filme e ajudaram a adaptar a obra a peça de teatro que foi um sucesso na Feira do Livro de Porto Alegre, maior feira do livro da América Latina.


Dia 18/11/09 Início 13:00 às 17:00

TP 2 ANÁLISE LINGUÍSTICA E ANÁLISE LITERÁRIA
Unidade 5: Gramática: seus vários sentidos
Para iniciar o tema dessa unidade levei um poema que encontrei há um tempo atrás na Revista “Mundo Jovem”. O poema não tem título, foi escrito por uma professora de Minas Gerais: Maria Aparecida Araújo Silva

Bendito seja o ensino
Que tira a poeira da mente
Quanto mais a gente estuda
Tanto mais a gente aprende.

Não há divisão de classes
Entre as classes de palavras
Vivem unidas entre si
Umas mansas, outras bravas.

Manso é o artigo
Nem sempre de primeira
Ora define, ora indefine
Fica sem eira nem beira.

Substantivo ? Este é bravo
Abstrato ou concreto
Comum, próprio, coletivo
Dá nome ao “ser”, é completo.

O adjetivo exalta, enaltece
Está sempre em atividade
Ás vezes machuca,
Sem piedade.
Numeral, agora sim
Acompanha a tecnologia
Está nos computadores
Enche o bolso, esvazia.

Estes pronomes irrequietos
São pessoais, oblíquos e retos
Cerimoniosos, de tratamento
Aconchegantes, bem a contento.

Se há antecedente
O pronome torna-se relativo
Se algo lhe perguntam
Fica logo interrogativo.

Indefinidos... possessivos,
Demonstrativos, com personalidade
Acompanhando “o ente” são adjetivos
“Denotando-o” são substantivos –Barbaridade!

Enclíticos, proclíticos, mesoclíticos,
Átonos ou tônicos
Importa colocá-los no lugar
Para que o todo se torne harmônico

Advérbio te conheço
De algum modo, tempo ou lugar
Se afirmo, duvido ou nego
É de ti que vou precisar

Verbo, riqueza da língua
Palavra forte, ação
Sozinho ou acompanhado
É fenômeno, é estado

Conjunção liga as frases
É argamassa na construção
Pode dar sentido ao texto
É coerência, é coesão

Preposição, que seria de nós
Sem a tua ajuda?
Tu ligas regente e regido
Se te empregamos de qualquer jeito
O sentido muda

Interjeição é bem “light”
Expressa emoção
Alegria, raiva, dor...
Sai da boca sem preocupação

Adjetivo, artigo, advérbio, numeral
Substantivo, verbo, preposição, conjunção
Interjeição e pronome são classes de palavras
Umas são mansas, outras são bravas.
Use-as com parcimônia
Descubra toda a beleza
Da nossa Língua Portuguesa!

Há uns dias atrás, representei este poema para os alunos da 7ª série, antes de trabalhar as Classes Gramaticais, algum tempo depois, um aluno me diz o seguinte “ Professora, o dia que tu morre eu vou levar uma gramática pra bota dentro do caixão da senhora”. A risada na turma foi geral, levei um susto muito grande ao ouvir aquilo, na sala levei na “brincadeira”,mas depois refleti sobre o acontecido. Nunca imaginei que algum dia iria ouvir isso vindo de um aluno.
Um primeiro e importante sentido da palavra gramática: é o conjunto de regras da língua que cada falante domina, mesmo inconscientemente e independentemente de sua escolaridade. Essa gramática, chamada implícita, internalizada ou interna, vai sendo adquirida pelo falante no contato com outros falantes de seu ambiente e terá, portanto, as marcas dialetais desse(s) grupo(s).
Para o ensino da língua, é essencial o trabalho com essa gramática, que pode e deve ser cada vez mais ampliada, o que se consegue sobretudo pelo ensino produtivo da língua, que privilegia o desenvolvimento da língua “em uso” e pretende desenvolver novas habilidades do falante.
Quando nos interessamos em alguma medida pela linguagem e sua realização na língua, procuramos observar, analisar e tirar conclusões sobre os usos da língua
Começamos a refletir sobre ela, o que representa a gramática chamada descritiva.
A gramática descritiva e o ensino reflexivo têm de apoiar-se na gramática internalizada dos alunos: eles só podem efetivamente observar o que conhecem e dominam, como locutores e interlocutores.
A gramática normativa cria o ensino chamado prescritivo, como se fizesse um receituário de “boas maneiras linguísticas”, colocado à disposição dos falantes, especialmente dos alunos.
Uma vez que, nessa gramática, a norma culta parece ser a “língua correta”, a noção de erro e acerto é muito marcante, enquanto nas gramáticas descritiva e produtiva a noção mais importante é a adequação da linguagem a cada situação sociocomunicativa.
Nesta unidade vimos três concepções de gramática: a interna, a descritiva e a normativa. Procuramos mostrar que não se pode usar uma língua sem usar sua gramática. Nesse sentido, é importante frisar que a gramática interna, ou implícita, ou internalizada, é o conjunto de regras que qualquer falante da língua domina, mesmo que não perceba esse uso e mesmo que jamais tenha estudado. É fundamental o professor perceber que essa gramática se amplia sempre, e que desenvolvê-la é desenvolver a própria competência linguística do aluno. Quanto mais ele for exposto a textos diferentes e convidado a produzir diferentes textos, mais sua gramática implícita estará sendo ampliada. A gramática descritiva é o conjunto de regras que o observador da língua procura compreender e explicar.
No caso da escola, ela deve possibilitar essa reflexão do aluno, desde que voltada para os recursos linguísticos de sua gramática interna, de uso. É importante salientar que a gramática descritiva não está pronta. Sua preocupação com o estudo da língua em todos os dialetos, modalidades e registros é relativamente recente. A gramática normativa, também descritiva e teórica como a anterior, tem o interesse secular voltado para as regras da norma culta, privilegiando ainda a modalidade escrita e a linguagem literária, o que restringe suas reais possibilidades de instaurar-se como sempre fez, como centro dos estudos linguísticos na escola. Hoje, seu papel deve ser reduzido no ensino escolar: tem lugar quando o objetivo é desenvolvimento da capacidade do aluno para usar a língua em situações de formalidade, que exigem a língua padrão.

Unidade 6:A frase e sua organização

1- A frase é a unidade do texto: caracteriza-se por apresentar, no contexto em que aparece, uma unidade de sentido.
2- A frase oral caracteriza-se por uma melodia específica, uma entoação capaz de transformar uma palavra em frase e até em texto.
3- A frase escrita caracteriza-se por começar com maiúscula e terminar com uma pontuação específica: ponto final, ponto de exclamação, ponto de interrogação, certos casos de reticências e mesmo dois pontos.
4- A frase não se caracteriza pela extensão: se pode ter um único termo, pode ter muitos elementos, criando uma estrutura às vezes bastante complexa.
Um texto é constituído por frases, escolhidas por locutor (falante ou escritor) segundo as condições de comunicação, e que poderiam ter estruturas muito mais diversas, em outra situação. Mais importante que tudo é, no trabalho com a linguagem, criar para os alunos oportunidades diversas de uso da língua, de modo que eles possam apropriar-se dos mais diferentes tipos de organização da frase.
Mais uma vez, o fundamental é insistir na posição de que só o contexto pode definir a melhor organização da frase ou período. Portanto, cada caso é um caso. Isso quer dizer que, se às vezes é mais pertinente a frase, ou o período curto; em outras, o mais adequado é o período elaborado com mais orações, marcadas por relações mais complexas.


Unidade 7:A arte: formas e funções
O que é arte?
A arte é uma forma de conhecimento que está muito relacionada com o nosso cotidiano, embora nem sempre nos demos conta disso. Cada vez mais, torna-se difícil no mundo atual estabelecer uma divisão entre o que é e não é arte, devido à facilidade de acesso às obras de arte e à sua produção. Por outro lado, as manifestações artísticas têm cada vez mais interseções, criando formas híbridas de arte.
As principais características de arte são: a fantasia, a interpretação da realidade, a conotação e a paixão pela forma.
Essas características criam um papel importante: por intermédio da fantasia e do jogo, a arte é um convite à (re)interpretação do mundo. Ao procurar expressar-se, o artista convida o próprio leitor a desvendar o mundo.


Unidade 8: Linguagem Figurada

Embora não nos demos conta disso, as figuras de linguagem são muito comuns na nossa fala. São usadas exatamente porque o sentido mais comum, denotativo, das palavras não nos parece suficiente para expressar a carga de sentimentos que queremos revelar em certa situação comunicativa.
As figuras de linguagem mais usadas são:
* a comparação: figura mais comum em nossa linguagem, estabelece um paralelo entre os dois seres, por meio de um nexo que pode ser de igualdade (como, feito, que, nem, qual, parece, lembra, etc) ou de superioridade (mais...que).
* a metáfora: figura que permite, por meio de uma comparação “abreviada”, substituir uma palavra por outra que tem com ela um nível de semelhança.
* a metonímia: figura por meio da qual substituímos uma palavra por outra que tem com ela uma relação de proximidade, lógica e possível de ser percebida mais diretamente. A relação metonímica pode ser: autor/obra; pessoa/traço físico; pessoa/objeto característico; continente/conteúdo, lugar/produto seu, etc
Convém ter sempre em mente que o uso das figuras por si só não cria o valor estético do texto, mas sim seu uso em condições de sublimar a significação do texto, a visão de mundo ou as emoções que o autor quer passar ao leitor.
Uma parte da tarde foi usada para atender e tirar dúvidas a respeito dos Projetos que estão sendo aplicados em sala de aula. Os projetos estão trazendo resultados maravilhosos, as professoras cursistas, assim como eu, estão muito satisfeitas com os resultados.
Professora Formadora: Julici Lúcia Lippert Altenhofen
Município: Ivoti RS / atende Lindolfo Collor
Quinto Relatório Gestar 2
25/09/2009 a 19/10/09


Dia 25/09/09 manhã
O dia de hoje, 25 de setembro, foi um dia de Formação Continuada para todos os professores da rede municipal. O tema da palestra “ Ser Professor” ministrada pelo teólogo Manfredo Wacks, teve como objetivo refletir sobre a dimensão desta nossa nobre profissão. Manfredo iniciou dizendo que o professor é uma pessoa e que uma parte da pessoa é professor. Segundo ele, ser professor é quebrar paradigmas, fazendo aquilo que não é convencional. E do quanto é importante o professor ter consciência do que o agrada, do que o aproxima e do que o desagrada.
O professor manfredo falou também da importância de encontrarmos um ponto de equilíbrio, usou como exemplo o pêndulo de um relógio, não podemos ser professor e deixar de ser “pessoa”. Falou da importância do professor narrar, contar “quem sou, como sou” sem medo de falar dos erros e dos acertos. Sem ter medo de se molhar quando chover. E lembrou que, infelizmente, algumas pessoas usam a escola como uma “marquise” ficam ali enquanto chove, como um abrigo, quando o tempo melhora vão para outro lugar.
A manhã foi muito agradável e proveitosa, foi muito bom ouvir falar sobre a docência de uma forma tão carinhosa, sem cobranças, sem receber “a culpa de tudo”. Mais uma vez tive a certeza de que estou no caminho certo.


Dia 25/09/09 tarde
A tarde foi dedicada a mais um encontro do Gestar 2, como já havíamos combinado, foi feita uma leitura do TP 6 e eu apresentei de forma resumida as unidades a serem trabalhadas neste TP:
Unidade 21
Argumentação e Linguagem
Pela linguagem organizamos o saber, a vida. Pela linguagem agimos sobre nossos pares e sobre o mundo. Por isso, todos os seres humanos são, ao mesmo tempo, origem e produto da linguagem, origem e produto da história que nos leva a construir formas de comunicação e de atuação específicas.
Visto nessa perspectiva, todo uso da linguagem é argumentativo, pois estabelece uma interação com o outro, uma relação de fazer social. E toda linguagem é, assim, um processo sempre em movimento.
Ao considerarmos a linguagem como uma forma de trabalho cultural, estamos considerando que toda manifestação linguística é também basicamente argumentativa. Ou seja: sempre que utilizarmos a linguagem, estaremos implicitamente alterando ou querendo alterar-as crenças dos interlocutores, implicitamente querendo convencê-los de nossas ideias.
Ao fazeriuso dessa capacidade de convencimento da linguagem, não utilizamos significados apenas linguísticos: qualquer outro recurso comunicativo interage com os signos de língua portuguesa para atingir o propósito de nossa comunicação. Na comunicação oral, por exemplo, os gestos colaboram para a construção dos sentidos do texto.
Quando temos consciência de que nosso objetivo maior ao produzir um texto é fazer o leitor/ouvinte crer em alguma de nossas ideias, classificamos esse texto como argumentativo. Nesse texto, a ideia principal para a qual buscamos a adesão do leitor/ouvinte, o objetivo de convencimento do leitor/ouvinte, constitui a tese. Cada motivo ou razão que damos para comprovar a tese é chamado de argumento.
Em conjunto, lemos o texto da página 59 à 61, sobre Argumentação, em duplas, foram respondidas as questões referentes ao texto, as respostas foram discutidas em grande grupo.

Unidade 22
Produção textual: planejamento e escrita
A língua escrita é utilizada com algumas funções básicas, segundo Roman Jakobsom, são elas:
a) Expressiva: é utilizada para a expressão individual, centrada no eu. Como é o caso em diários, depoimentos, cartas, bilhetes, artigos, poemas.
b) Apelativa: é centrada no leitor e tem por objetivo influenciar o comportamento de quem lê.
c) Metalinguística: quando a linguagem se refere a si mesma, se constituindo objeto de descrição e explicação.
d) Poética: ao focar no texto as suas possibilidades expressivas, o autor visa elaborar no leitor uma experiência estética.
e) Referencial: utilizada para descrever, conceituar, informar.
A escrita é um ato, um ato social e comunicativo, insere-se numa determinada situação que tem uma função, interlocutor (es), objetivo, versa sobre um tema, de acordo com a intenção, é expressa em relação com um gênero, utiliza um determinado nível de linguagem e, como material de leitura, é escrito em um determinado suporte.
A seguir, lemos e discutimos as estratégias para a produção de textos na página 100.

Unidade 23
O processo de produção textual: revisão e edição
Um texto é construído em um processo. Geralmente é iniciado por uma preparação que inclui atividades de pesquisa de materiais e conteúdos sobre o tema e de leitura, compreensão e interpretação de textos que subsidiam as etapas de planejamento e escrita.
Durante a revisão, o escritor lê o rascunho (a primeira versão do texto), podendo reescrevê-lo até avaliar que o texto está bom para ser lido por uma outra pessoa. A finalidade desta etapa é criar um distanciamento entre autor e seu texto. È o momento em que o autor tenta colocar-se no lugar da audiência, do interlocutor, e as releituras necessárias dependem da representação que o escritor tem de seu texto, de seu objetivo, sua finalidade, da audiência e do suporte, focando os processos de coerência e coesão textuais.

É importante notar, como assinalamos anteriormente, que, mesmo quando estamos escrevendo o texto em si, as atividades de planejamento e revisão podem ocorrer. Isso se dá devido a necessidades locais, na medida em que planejamos o que escreveremos a seguir, tendo em vista o planejamento anterior e o que já foi escrito no texto. Podemos revisar trechos do texto, ou mesmo termos e a ortografia, se esta ação se tornar imprescindível para a continuidade do processo de significação.
É muito importante fazer com que o aluno consiga identificar problemas no seu texto, organizando o ensino e o aprendizado a partir dos conhecimentos que já contribuiu. Se você conseguir ouvir dele enunciações gerais como “Acho que tem algo de engraçado neste texto” ou “Acho que está faltando algo neste texto”, já é um primeiro passo.
O segundo passo é ensinar o aluno a adquirir conhecimento estratégico para poder identificar o que está errado em seu texto e definir ou nomear o que falta ou está demais.
Assim, algumas estratégias podem ajudar o aluno a começar a perceber o que há de “engraçado” em seu texto e buscar saídas como o uso do dicionário, consulta à gramática ou mesmo por meio de uma atividade criada pelo professor para explicar a questão. Assim, suas habilidades vão se modificando e sua competência, aumentando. Instaura-se um diálogo e o conhecimento se transforma.
Em suma, revisar e editar implicam comparar, identificar, anotar, apagar, inserir, criar espaço, copiar trechos e mesmo o texto todo, se não houver computadores à disposição.
A seguir, lemos em grande grupo o texto “Vamos dar um fim para a Violência”, pg.148 TP6, que foi escrito por uma aluna da 6ªsérie, e discutimos sua revisão e reescrita.O grupo achou que seria bem interessante fazer uso de uma legenda para a revisão do texto. Uma legenda bem interessante encontra-se na pg. 81 AAA6 (versão professor). Várias professoras já usam legendas parecidas em sala de aula e dizem ser muito úteis na hora de fazer com que o próprio aluno reescreva o seu texto.

Unidade 24- Leitura para adolescentes
Para trabalhar esta unidade, pedi para que as professoras lessem comigo o texto de Leo Cunha pg. 169, TP6 e juntas refletimos o quanto é importante fazer com que a criança tenha acesso aos livros desde pequena, as professoras que já tem filhos falaram de experiências que já tiveram com seus filhos. Levei uma cópia do texto “ Os 55 melhores livros para seu filho” que foi elaborado pela revista Crescer, com a colaboração de 35 especialistas em criança e cultura.
O fato é que muitas vezes a criança é incentivada à leitura, tem acesso a livros, porém muitas vezes o adolescente se distancia dos livros. Por que isto acontece? O que fazer com o aluno das séries finais do ensino fundamental que ainda não lê? Para ter respostas a essas perguntas levei um texto de José Mindlim que fala sobre o Ler por Prazer. Segundo ele, “ Ler proporciona o crescimento pessoal, estimula o raciocínio e contribui para a longevidade. Quem lê costuma ser mais ativo e desenvolve idéias próprias”.
E, para terminar, acessamos o site da revista Veja, www.veja.com.br, e conferimos a lista de 100 livros recomendados por José Mindlim. Dá vontade de ler todas, pois tem literatura para todos os gostos.
“ A informação está cada vez mais ao nosso alcance, mas a sabedoria, que é o tipo mais precioso de conhecimento, só pode ser encontrada nos grandes autores da literatura. Esse é o motivo pelo qual devemos ler” Harold Bloom.
Uma semana de aprendizagem
(28 setembro à 02 de outubro)

A 2ª etapa do Gestar II aconteceu no mesmo local, Uniritter- Porto Alegre, foi muito bom reencontrar os colegas da 1ª etapa, conversar com eles pessoalmente, e também reencontrar o professor Maurício. Fiquei muito emocionada ao escutar a música que o professor escolheu para a nossa turma, junto com as imagens da 1ª etapa. Dessa forma o professor coloca em prática o que ele ensina “Professor deve criar vínculo afetivo com o aluno”.
O relato de experiências que foram acontecendo a cada dia foram muito proveitosos, é muito importante ouvir os colegas e saber um pouco de como está sendo implantado o Gestar em seu município. Está claro que o programa Gestar II é melhor baseado que os planos de estudos e que muito do que ele traz já vinha sendo aplicado em muitas escolas.
No 1º dia fizemos uma revisão do que já foi trabalhado, o TP3, 4 e 5, fizemos também uma revisão do que é o Portfólio e da sua importância. Sem esquecer de algo muito importante, o Projeto de final de curso dos professores cursistas.
O vídeo do Gladiador que assistimos no 2º dia serviu para refletir sobre nossos verdadeiros objetivos, aquilo que queremos e buscamos. O vídeo de Frejat trouxe a tona os obstáculos pelos quais passamos no nosso dia a dia e que muitas vezes procuramos por algo que está na nossa frente e que não nos damos conta.
O texto “Nóis Mudemo” mostra a diversidade da cultura brasileira, que segundo o professor Maurício é o que tem de mais belo no Brasil. O “jeito” do aluno falar deve ser o ponto de partida para trabalhar a gramática e ensinar ao aluno que a escola é diferente, no falar e escrever do que em casa.
No 3º dia, pela manhã, assistimos o filme “O Leitor” baseado na obra alemã de mesmo título. A temática do filme é muito forte, a personagem do filme prefere ser condenada à pena máxima a revelar seu maior segredo, não saber ler e escrever. Porém, na prisão ela aprende. Ao assistir o filme fiz uma relação com a obra “O Guardião de Memórias” e me fez refletir sobre o “preço” de um segredo.
Também discutimos a importância dos PCNs que tem como base a contextualização interdisciplinar e que foi a melhor coisa que aconteceu para a educação. O colega Cristiano aproveitou para nos passar os Referenciais Curriculares que foram escritos por professoras da URGS.
Estudamos o TP6 e discutimos as etapas de uma produção de texto que são: Planejamento, Escrita, Revisão e Edição. A crítica é que a escola deixa muito de fora o planejamento e a edição. Em grupo, criamos uma atividade sobre a temática Criança/Brinquedo que foi apresentada para toda a turma.
No 4º dia lemos e discutimos o texto “O vôo da Asa Branca” e vimos que do ponto de vista da linguística não existe o falar certo. Assistimos o vídeo “O Saber de cada um” que traz a linguagem de Chico Bento e nos leva a Marcos Bagno em “Nada na Língua é por acaso”. Também discutimos sobre um estudo n o qual sinto um pouco de dificuldade, Fonética e Fonologia.
Na sexta-feira discutimos bastante sobre o uso da gramática, como trabalhar e qual trabalhar em sala de aula .
Foi neste dia que apresentei meu município, Ivoti, a bela cidade das flores, de todas as cores, como diz o nosso hino. Também fiz um pequeno relato da forma como trabalho e como são realizadas as atividades do Gestar II.
Resumindo, foi uma semana de reencontro, de aprendizagem e conhecimento. Mais uma vez voltei da formação com o meu “vidro” cheio de informações e novidades. Ansiosa em passar para as professoras cursistas o material, as atividades e ideias que trago desta semana repleta de conhecimento. Fiquei muito feliz com os elogios do professor, e a certeza de que irei me dedicar/esforçar mais ainda nesta etapa final.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Projeto

Dia 10/09/09 tarde 13:00 às 17:00.
A pedido das professoras, deixei a tarde reservada para trabalhar a temática que está preocupando muitas de nós. Iniciei, projetando o material que está no Guia Geral.

Projeto

O professor cursista deverá desenvolver um projeto para a finalização do programa, de preferência interdisciplinar, a ser implementado em sala de aula, apresentando a estrutura a seguir:

a) Temática: definir um tema que possa desenvolver os conhecimentos adquiridos no programa e seja contextualizado à realidade de sala de aula.
b) Problemática: definir uma situação-problema a ser focada mediante seu desenvolvimento
c) Fundação teórica: definir os conceitos e as teorias que darão base a todas as ações desenvolvidas.
d) Objetivos: definir quais são os objetivos gerais e específicos a serem lançados com a sua implementação.
e) Metodologia: definir os passos a serem seguidos e os recursos materiais a serem utilizados para a sua realização.
f) Cronograma: definir o cronograma de cada etapa de desenvolvimento e os seus respectivos prazos.
g) Equipe de trabalho: definir as áreas de conhecimento envolvidas, assim como os educadores participantes e as suas respectivas atribuições.
h) Avaliação: definir o processo de avaliação e os instrumentos a serem utilizados.

Levei xerocado, parte do livro “Aprendizagem Baseada em Projetos – guia para professores de ensino fundamental e médio” e, baseada no livro, apresentei o seguinte:
Aprendizagem baseada em projetos fornece um treinamento para sobrevivência no século XXI. Ela oferece aos alunos a oportunidade de aprender a trabalhar em grupo e realizar tarefas comuns. Exige que os alunos monitorem seu próprio desempenho e suas contribuições ao grupo. Ela força os alunos a confrontar problemas inesperados e descobrir como resolvê-los, além de oferecer aos alunos tempo para se aprofundar em um assunto e ensinar aos outros o que aprenderam.
A Aprendizagem Baseada em Projetos (ABP) é uma estratégia de ensino e aprendizagem do século XXI. É uma estratégia que exige mais dos alunos e professores para que possa funcionar. O Buck Institute for Education (BIE) está comprometido em ajudar os professores a tornarem-se proficientes no uso de problemas, para que possam ajudar os alunos a tornarem-se exímios aprendizes com base em problemas. Para os professores, isso exige refletir sobre a atividade docente e mudar sua postura tradicional de especialista em conteúdo para treinador de aprendizagem. Para os estudantes, significa assumir maior responsabilidade por sua própria aprendizagem, com a compreensão de que o conhecimento que obtiverem com seu esforço pessoal será muito mais duradouro do que as informações transmitidas por outras pessoas.

Aprendizagem Baseada em Projetos versus Aprendizagem Baseada em Problemas
Qual é a diferença entre Aprendizagem Baseada em Projetos e Aprendizagem Baseada em Problemas? Em primeiro lugar, poucos concordam quanto ao significado exato desses termos e, muitas vezes eles são utilizados como sinônimos. Ambos descrevem o processo de utilizar problemas “mal-estruturados” deliberadamente formulados para que os alunos adquiram conhecimentos de um conteúdo específico e habilidades de resolução de problemas enquanto procuram soluções para questões significativas.
No vocabulário do BIE, a Aprendizagem Baseada em Projetos é um termo geral que descreve um método de ensino que utiliza projetos como foco central de ensino em uma diversidade de disciplinas. Muitas vezes, os projetos emergem a partir de um contexto autêntico, abordam questões controversas ou importantes na comunidade e se desdobram de modos imprevistos. Em contraste, a metodologia do BIE para Aprendizagem Baseada em Problemas utiliza o desempenho de papéis e cenários realistas para conduzir os alunos por um caminho mais minuciosamente planejado rumo a um conjunto estabelecido de resultados. Independentemente de como seja rotulado, um projeto deve estar vinculado a padrões de conteúdo e permitir uma investigação de uma questão significativa centrada no começassem a fazer o esqueleto do projeto a ser desenvolvido em sala de aula. Fui atendendo todas, dando ideias, oferecendo ajuda e também incentivando as professoras do sucesso que poderemos ter levando os mesmos para a sala de aula. Os temas dos Projetos são bem diferentes: Poesia, Profissões, O Mágico de Oz, entre outros.
Acredito que foi possível tirar muitas dúvidas e dar apoio às professoras que estão fazendo parte deste grandioso projeto que é o Gestar 2. aluno.
A seguir pedi que fizessem pequenos grupos, ou individualmente e começassem a fazer o esqueleto do projeto a ser desenvolvido em sala de aula. Fui atendendo todas, dando ideias, oferecendo ajuda e também incentivando as professoras do sucesso que poderemos ter levando os mesmos para a sala de aula. Os temas dos Projetos são bem diferentes: Poesia, Profissões, O Mágico de Oz, entre outros.
Acredito que foi possível tirar muitas dúvidas e dar apoio às professoras que estão fazendo parte deste grandioso projeto que é o Gestar 2.

Oficina 9

Oficina 9 dia 10/09 8 horas manhã 7:30 às 11:30

Depois de dar as boas-vindas, iniciei a oficina fazendo um resumo da unidade17 e 1:
A Estilística é uma das disciplinadas voltadas aos fenômenos da linguagem. Definindo em forma simples, é o estudo do estilo.
No domínio da linguagem, o estilo é conceituado de várias maneiras pelos estudiosos das Estilísticas. De modo geral, as definições consideram-no como o resultado da escolha dos recursos expressivos capazes de produzir os efeitos de sentido motivados pela emoção e afetividade do falante.
A Estilística estuda os valores ligados à sonoridade, à significação e formação das palavras, à constituição da frase e do discurso.
Nesta unidade, trabalhamos com estilo. A língua portuguesa é riquíssima em expressividade, e os recursos são numerosos. Vimos apenas alguns, ligados a quatro aspectos: som, palavra, frase e enunciação.
Embora seja comum vincular as questões de estilo ao texto literário, é preciso não esquecer que elas estão presentes em todas as variedades linguísticas e em todos os gêneros.

Unidade 18

A coerência de um texto não está propriamente no texto, ou na simples organização linguística: é uma qualidade que se constrói na leitura e interpretação dos textos, sejam eles verbais ou não verbais.
A multiplicidade de experiências de mundo serve de base para compor o “quebra-cabeças” em que se constitui o texto. Quanto maior for a informação do leitor a respeito do tema, maior sua prontidão para interpretar a continuidade de sentidos, a coerência textual.
A harmonia entre as informações que servem de pistas para estabelecer essa continuidade constitui a coerência textual. Portanto, diferentes leitores, com diferentes informações prévias, com diferentes visões do mundo, podem atribuir níveis de coerência diferentes ao mesmo texto.
Muitas vezes é importante saber onde o texto saiu publicado, quem o escreveu, em que situação, para compreender as pistas que conduzem à construção de sua coerência.
O conhecimento de mundo do leitor se articula com o contexto linguístico para identificar como as informações do texto se organizam em função de fatores diversos e recorrem a modos diversificados de organização textual. Portanto, a coerência textual tem a ver com a “boa” formação de um texto, ou seja, com a possibilidade de articular as informações trazidas pelo texto com o conhecimento que os interlocutores já têm da situação e do assunto. Se essa articulação for muito difícil ou mesmo impossível, a coerência fica prejudicada ou não se estabelece.
A seguir pedi que as professoras cursistas fizessem o relato de experiências que tiveram em sala de aula.
Várias foram as atividades que foram levadas para a sala de aula, as professoras fizeram diferentes atividades, trabalharam diferentes textos, entre eles, quebra-cabeças, texto dissertativo, diálogo. “Uma história se pé nem cabeça” foi trabalhada de diferentes maneiras. O texto “Palavra” serviu de inspiração para a produção de outros textos, de diferentes gêneros. Trabalharam os diferentes textos das formas mais diversificadas. Deu para perceber no brilho do olhar das professoras o quanto as atividades foram interessantes e produtivas.
As professoras cursistas mencionaram a importância daquele encontro, que estava acontecendo dias após o Conselho de Classe, falaram da tensão que é participar de um conselho, no qual se o aluno tem dificuldade na interpretação ou não consegue resumir um capítulo em História ou Geografia, ou ainda não consegue interpretar os problemas de Matemática ou em qualquer outra disciplina, toda a “culpa” recai em cima do professor de Português que não ensinou direito. A oficina serviu para lembrarmos da importância da disciplina que ensinamos e que não devemos nos culpar, não somos responsáveis por todas as dificuldades que o aluno tem. Aproveitei para lembrar um fato que já havia dito anteriormente, que todo o professor, indiferente da disciplina que leciona, é antes de tudo, professor de Língua Portuguesa.
Eu havia preparado a atividade da página 254 TP5, porém na hora acabei mudando a atividade, propus que fizéssemos uma atividade com o título “O que você faria se...”. Cada professora escreveu essa frase numa folha e fez uma pergunta, depois de feita a pergunta, cantamos juntas Escravos de Jó, enquanto passávamos as folhas com as perguntas. Quando a música parou, cada uma respondeu a pergunta que recebeu. Após começou a leitura, a pessoa fazia a pergunta, que estava no seu papel, e a colega ao lado lia a resposta de sua pergunta. Como a resposta era para uma pergunta diferente, ela era incoerente com a resposta dada à pergunta feita pela colega. Rimos muito, foi muito bom para todas nós. Falei da experiência que tive em fazer a atividade em sala de aula e do quanto os alunos gostam de fazer atividades “diferentes”.
Pedi que as professoras fizessem a avaliação da oficina, tendo como base os seguintes dados:
Avaliação da Oficina Tendo em vista os objetivos desta Oficina e das unidades que lhe serviram de base, teça seus comentários a respeito das atividades desenvolvidas. O aprimoramento do nosso trabalho depende muito de sua avaliação.
A seguir transcrevo as avaliações feitas pelas professoras cursistas:
“Uma experiência muito importante para a minha trajetória profissional, pois a troca de ideias é fundamental para um trabalho em equipe e também para um crescimento pessoal e profissional” Denise Michel Heck
“Como tudo no Gestar, esta oficina também foi muito proveitosa. Aulas atrativas, dinâmicas e focadas em assuntos importantes. Acrescentou muito à minha prática” Cristiane Führ
“Atividades interessantes para se desenvolver a coerência textual, estilo e coesão. Gostei muito!” Marina B.
“O trabalho em grupo realizado a partir da oficina 9 foi excelente. Todas as atividades realizadas e outras relatadas, mostraram a imensidão de sugestões e exercícios que podemos realizar em sala de aula. Todos os encontros são fundamentais para nosso crescimento profissional” Carla
“ AGENDA
EXPERIÊNCIA
SABEDORIA
TROCA
DEDICAÇÃO
LEITURA” Keina
“No princípio achei que não teria nada de diferente para fazer, mas foi bem legal. O tema coerência, sequência pode ser visualizado nos textos do dia a dia. Também houve bastante produção textual em que os alunos puderam aplicar seus conhecimentos. Aprendi bastante com atividades diversificadas” Janine
“As atividades que selecionei da oficina 9 e as apliquei foram ricas em criatividade e proporcionaram aos alunos o “aprender fazendo”
Acredito que assim é que realmente se aprende: construindo o processo, e são propostas semelhantes que despertam o interesse e a efetiva participação dos educandos, tornando a aprendizagem significativa” Adriane
“ As atividades desta oficina foram muito boas para ser aplicadas, os alunos se sentiram muito bem em desenvolvê-las e conseguiram montar textos com coerência e estilo. Muito boa esta oficina” Iria
“ Atividades que fazem os alunos gostarem de escrever” Silvana

Oficina 10
Para iniciar a oficina das unidades 19 e 20, apresentei um pequeno resumo do que vimos nestas unidades:
Unidade 19

Para que um texto faça sentido, alguns termos linguísticos colaboram com as relações de coerência. Esses termos são encarregados de “orientar” os modos como as informações fornecidas no texto devem ser interpretadas, marcando a interdependência entre elas.
A coesão textual refere-se, assim, às relações de sentido que se estabelecem no interior do texto.
Enquanto a coerência textual se constrói na relação entre o texto e seu contexto, a coesão se constrói na inter-relação entre as partes do texto, fazendo dele um todo significativo. Por isso, dizemos que o fenômeno da coesão textual é solidário ao da coerência.
Cada um dos elementos que marca essa continuidade é chamado de elo ou laço coesivo. O encadeamento desses elos constitui a cadeia coesiva.


Unidade 20


Para produzir sentidos, para ser coerente, um texto deve fornecer informações adequadas para que o leitor/ouvinte seja capaz de construir uma representação do mundo textual. As relações lógicas dão “pistas” sobre como essas informações devem ser organizadas. Reconhecer isso é parte das competências de leitura, de interpretação e de produção de um texto.
Embora as relações lógicas sejam, antes de tudo, operações de raciocínio lógico expressas linguisticamente, a organização lógica de um texto depende também da situação de interação, ou do contexto. Por isso, a escolha de como será feita essa organização corresponde sempre a uma intenção comunicativa que está incorporada ao texto.
Um texto, em geral, se constrói a partir de informações sobre o tema escolhido e sobre relações lógicas que buscam o fio condutor da coerência das idéias entre si e com a situação em que é produzido.
Muitas das informações nem precisam ser explicitadas porqtue decorrem de ideias já expressas no texto. Pelas relações lógicas recuperam-se tais significados implícitos.
A seguir pedi que as professoras fizessem o relato das experiências que tiveram em sala de aula. As professoras fizeram os relatos, todas as turmas produziram textos, a partir de diferentes atividades.
Após ouvir os relatos de todas as professoras, que estavam realizadas com os resultados das atividades aplicadas em sala de aula, pedi que formassem duplas e passei a seguinte atividade:
Em outras oportunidades, já analisamos textos publicitários, cuja principal finalidade sócio-comunicativa é convencer os leitores para a “compra” de algum produto ou serviço.
Cada dupla irá elaborar um texto publicitário que explore a construção de significados de múltiplas maneiras, fazendo uso de linguagem verbal e não verbal.
(Atividade da página 258)
Como o tempo não foi o suficiente, as professoras ficaram de entregar esta atividade na aula seguinte.
Para fazer a avaliação da oficina, passei no quadro o seguinte:
Avaliação da oficina
Mais uma vez, pedimos sua franqueza para avaliar os objetivos desta oficina e das atividades aqui desenvolvidas. Suas críticas e comentários serão a base para o aprimoramento de nosso trabalho.
Segue abaixo, apenas duas avaliações, as outras serão entregues no próximo encontro, dia 25/09.
“A prática dessa oficina foi bem aceita pelos alunos de uma 7ª série, na qual ela foi aplicada, até o momento em que eles foram desafiados a produzir um texto coerente com idéias que, a princípio, não pareciam ser coerentes umas com as outras.
A oficina constitui em criar um tema sobre o qual os alunos gostariam de escrever. Responder em fichas de cores diferentes a elementos da narrativa: onde ocorreu o fato? quem esteve envolvido? etc. Depois, esses materiais foram recolhidos e redistribuídos aletoriamente. Eis aí o momento da dificuldade: agora como criar um texto com essas informações, às vezes, desencontradas.
Depois de discussões, momentos para pensar em possibilidades, os alunos encontraram possíveis soluções e redigiram textos bem satisfatórios.
Foi um momento de crescimento, já que forçou-os a encontrar soluções para o desafio.” Adriane
“Apesar de ter sido “exprimida” pelo tempo, que sempre é curto, gostei de aplicar a atividade do cap. 20. Acredito, também, que para os alunos tenha sido bem divertido, pois durante a leitura, houve discussão e releitura do texto.” Keina Werle