domingo, 30 de agosto de 2009

Professora Formadora: Julici Lúcia Lippert Altenhofen
Município Ivoti-RS / atende Lindolfo Collor
Terceiro Relatório GESTAR 2
24/07/2009 à 12/08/2009
Local: Uniritter – Porto Alegre


24/07/2009 4 horas

Nos dias 23 e 24 de julho o município de Ivoti promoveu o XIII Seminário Municipal de Educação. No dia 23 tivemos a presença do conferencista Cipriano Luckesi, que falou sobre o tema “ A avaliação do Aprendizagem: Um Ato Rigoroso e Amoroso”. No dia 24, pela manhã, tivemos uma conferência com a doutora Marilene Cardoso sobre o tema “ Educação Inclusiva e Diversidade: Uma Prática Educativa Junto a Alunos com NEE”. No período da tarde, foi a vez dos colóquios, onde tive um espaço para o Gestar 2 “A leitura e os processos de escrita”.
Iniciei a tarde apresentando a “ Caixa de Linguagens”, li o texto que levei para fazer parte da caixa, e as colegas fizeram o mesmo. Cada professora contribuiu com um texto para a nossa caixa de linguagens. Pedi que, se possível, cada turma tenha a sua caixa de linguagens dentro da sala de aula e que os próprios alunos fiquem responsáveis em “abastecê-la”. O fato de ter outras atividades culturais nesta tarde fez com que eu enviasse por e-mail parte do material da tarde. Discutimos o capítulo 1 do trabalho de Conclusão que realizei no ano de 2005 sobre a importância da leitura. Primeiramente discutimos sobre “ O que é ler?”. Lembramos Paulo Freire que diz que a leitura do mundo, antecede a leitura da palavra, e partimos para a temática “ Por que ler?” e para terminar falamos do papel da escola e do professor no processo de formação de leitores.
Também preparei um material “ Contação de histórias – para jovem gostar de ler” extraído da obra de Celso Sisto “Textos e Pretextos sobre a arte de Contar Histórias” que diz que o professor, para formar leitores, precisa antes de tudo, ser leitor. O autor afirma que o professor deve ser um agente da leitura, deve contar histórias tanto para crianças quanto para jovens e adultos e para isso conta com algumas “receitas”: Estratégia de Sedução, Fase de Escolha, Fase de Preparação, Fase de Contação e O Depois. Celso Sisto diz que a Aquisição de Hábito, a transformação do gosto da leitura e a passagem da leitura ingênua para a leitura crítica é um trabalho a longo prazo.
Usei o exemplo da autora Jane Tutikian, que esteve na minha escola conversando com os alunos, ela faz uma comparação, diz para imaginarmos que estamos dentro de uma caverna, temos fósforo para iluminar nosso caminho, ela diz que a leitura é essa luz que ilumina nossa caminhada.
E para terminar apresentei o texto “O exemplo ensina” que faz com que nós, como educadores e como pais reflitamos sobre as nossas atitudes.


O exemplo ensina
Houve certa vez uma reunião muito importante no fundo do mar. Era a reunião dos caranguejos. O mais velho dos caranguejos a havia convocado, para tomarem, segundo o que ele pensava, uma decisão muito importante.
Vieram caranguejos de todos os mares, desde mares pequenos e águas tranquilas, até aqueles que vinham dos oceanos mais agitados. Até aqueles que viviam nos rios mais contaminados mandaram o seu representante. A reunião começou pontualmente.
O LÍDER PEDIU A PALVRA E DISSE: - MEUS AMIGOS, VIEMOS FAZENDO ALGO QUE TEM SE CONSTITUÍDO COMO UM PÉSSIMO EXEMPLO PARA O RESTO... É UM COSTUME QUE TEMOS QUE MUDAR.

MUITO PREOCUPADOS TODOS O OLHAVAM COM CURIOSIDADE. UM JOVEM CARANGUEJO DE ÁGUA DOCE NÃO PÔDE REPRIMIR A CURIOSIDADE, E PERGUNTOU:
-E QUAL É ESTE COSTUME? POR QUE ACREDITA QUE É UM MAL EXEMPLO PARA O RESTO...?

O CARANGUEJO ANCIÃO RESPIROU FUNDO. MUITO PREOCUPADO TOMOU A PALAVRA NOVAMENTE E CONTINUOU: -O DIREI SEM RODEIOS. DEVEMOS DEIXAR DE ANDAR PARA TRÁS. TODOS NOS USAM DE EXEMPLO NEGATIVO E FALAM DE NÓS COMO RETRÓGADOS.

UM CARANGUEJO VERMELHO QUE VINHA DE MUITO LONGE, DANDO-SE CONTA DO SÉRIO PROBLEMA PERGUNTOU: - E O QUE PROPÕEM PARA REMEDIAR O PÉSSIMO EXEMPLO QUE DAMOS?

O CARANGUEJO LÍDER CONTINUOU: -SEREI REALISTA. PARA NÓS JÁ É MUITO DIFÍCIL MUDAR, MAS PARA OS CARANGUEJOS PEQUENOS SERÁ MAIS FÁCIL. EU PROPONHO QUE AS SUAS MÃES LHES ENSINEM A ANDAR PARA FRENTE.


Os caranguejos se emocionaram com a sinceridade com que havia lhes falado, e concordaram com entusiasmo a proposta. Desta forma ficou instituído que todos os caranguejos que nascem deste momento em diante, seriam instruídos por suas mães para caminhar para frente.
Cada um voltou para o seu lar. E as mães começaram a ensinar aos seus pequenos. Guiaram com amor suas patinhas, primeiro uma para frente depois a outra. Insistiram na nova forma de avançar. Os pequenos tentaram seguir as instruções, ainda que fosse muito difícil e complicado. Mas com sinceridade trataram de fazê-lo.
No entanto aconteceu algo curioso. Suas mães lhes diziam como deviam caminhar, mas elas mesmas e todos os outros caranguejos continuavam a caminhar para trás como sempre. –“Como é que eles fazem uma coisa e me ensinam outra?” disse um pequeno muito estudioso. Os demais concordaram. Alguns pensavam que era uma brincadeira que eles queriam jogar, outros diziam que deveria ser mais fácil caminhar para trás, por isso os outros o faziam.
Em vista de insurgência, tiveram que convocar outra nova reunião de caranguejos. –“A norma que propus não funciona”, admitiu o caranguejo líder que sempre dizia a verdade. E continuou : -“E não funciona por que não predicamos com o exemplo e o certo é que não podemos pedir para os outros, que façam o que nós não fazemos”
A história diz que esta é a razão pela qual os caranguejos seguem andando para trás. E a lição que aprendemos com esta simpática estória, nos ensina que os outros prestam mais atenção ao que fazemos, que ao que dizemos. E é uma verdade que devemos aprender.
Predicamos muito mais com o exemplo que com todas as palavras do mundo.

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